quarta-feira, 9 de abril de 2014

Covilhã - A Alcaidaria XIII

   Continuamos a apresentar os documentos encontrados no espólio de Luiz Fernando Carvalho Dias sobre a alcaidaria da Covilhã. Procuramos seguir uma ordem cronológica. Hoje publicamos documentos relativos a Afonso Furtado de Mendonça, que recebe a alcaidaria da Covilhã a partir de 1 de Janeiro de 1641.

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Omenagem e Juram.to e posse que deu em sua ausencia o Sõr Afonso furtado de Mendoça alcaide mor desta villa de Covilham a fr.co botelho da Guerra pera em seu nome ter o Castelo desta villa e esercer seu carguo na ausencia que o dito Sõr faz na entrada omde lhe he ordenado.
Saibam quoantos este estromento virem como no anno do nacimento de noso Sõr ihuz Xptº de mil e seis semtos he quoremta e dous annos aos treze dias do mes dabril deste dito anno estando diante das portas do Castello desta notavel villa de Covilhãm ondde eu tabelião fui chamado pera dar fee do que vise pasar estando presemte o Sõr Afomso furtado de Mendoça alcaide mor do Castello desta villa de Covilham por elle foi dito em presença das testemunhas ao diante nomeadas que tinha ordem do Sõr General o Sõr fernão Telles de Menezes General das fronteiras da Comarca da Goarda e das mais ha ella sogeitas pera sair desta dita villa com gemte de armas omde o dito Sõr lhe tinha ordenado e por quoanto na forma do uso deste Reino e ordenação delle tinha feito preito he omenagem ao Sõr dom ioam quoarto Rei e Sõr destes Reinos d portugais e iurado em suas mãos de guoardar ter e manter em paz he em guerra este Castello ate ordem do dito noso Sõr e Rei elle na mesma forma disse que tomava preito he omenagem a fr.co botelho da Guerra  pessoa nobre e premcipal desta dita villa e de muita comfiança procurador que foi das Cortes proximas pasadas e lhe cedia he trespasava todo seu direito e porem durando sua ausencia pera ter o dito Castello em san de seu carguo // e o dito fr.co botelho da guara (sic) disse he iurou nas mãos do dito Sõr alcaide mor perante as testemunhas ao diante nomeadas hua, duas, he trez veses, que elle se obriguava a fazer preito he omenagem de ter he guardar o dito castello na ausencia do dito Sõr  alcaide mor e recolher e receber no alto e baixo delle de dia e de noute, e a quaisquer oras ao dito Sõr Rei dom ioam e delle fazer guerra, e manter tregoa e paz segumdo por sua mag.de for mandado e a não entreguar a dita fortaleza a nenhûa pesoa coalquer grao preminemcia q seia senão auos meu Sõr Rei ou a vosso serto recado ou a cualquer pesoa q da parte de Sua Mag.de lhe der carta asinada e selada com seu sello real cum o sinete de suas armas pello coalse me tirara este dito preito he omenagem e loguo pello dito Sõr alcaidemor forão emtregues as chaves do dito Castello e fortaleza ao dito fr.co botelho da Guerra e o meter das portas adentro do dito castelo e fortaleza he elle pello iuramento que recebeu nas mãos do dito Sõr alcaide mor se obriguou a guoardar todo o preito e omenagem que o dito Sõr alcaide mor esta obriguado e tem prometido e iurado nas mãos de Sua Mag.de he isto sem arte nem cautella nem engano algum he em testemunho e fee de verdade asi ho ortorguarão o dito Sõr alcaide mor e o dito fr.co botelho da Guerra sendo t.ªs a tudo presentes o l.do Antº. da fomseca homem medico morador nesta dita villa he o L.do Manoel fr.co viguario da igreja de Santa Maria desta dita villa e o L.do Manoel delguado feio advoguado nos auditorios desta dita villa que todos asinaram dou fee pasar tudo na verdade em minha presença he ho aseitei he estepulei pellas partes ausentes o que toca ha aceitação he estipulaçam como pessoa publica aceitante he estepulante Antonio de Lima daguilar publico tabelião de notas nesta notavel villa de Covilham e seu termo que ho li e declarei as partes he t.ªs he ho escrevi. a)Antº da fonseca homem a)Affonso furtado de mzca a)M.el Francisco a)M.el Delgado feo a)Fr.co Botelho da Guerra.

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“Relacion de tres victorias que han alcançado las armas Portuguesas contra las armas castelhanas, ora nuevamente sucedido a dos del mes de Febrero hasta qotro de Março 1643, 4º  8 pags. Barcelona – 1643
Refere um bom feito de armas entre as vilas de Alfaiates e Naves de Sabugal em que se tornou saliente por sua valentia Affonso Furtado de Mendonça, governador da cidade da Covilhã; e dá notícia do jubilo que houvera na India pela aclamação de D. João IV.
Mercurio Portuguez

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MERCÊ a Afonso Furtado de Mendonça, filho de Jorge Furtado de Mendonça, de uma vida na Comenda de Refois e da Alcaidaria mor da Covilhã: pelos seus serviços na rendição de S. Julião da Barra em Lisboa, Socorro de Salvaterra, Almeida, Al­faiates, assaltos de Elges, Valverde, S. Martinho, Guardão e Aldeia da Ponte. De 27 de Setembro de 1646 

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Castelo de Barbacena

MERCÊ a Afonso Furtado de Mendonça, fidalgo da Casa Real, filho de Jorge Furtado de Mendonça, da jurisdição e direitos reais da Vila de Barbacena, em sua vida e por conta da promessa da Comenda de 500.000 rs que seu pai lhe renunciou lhe faz conta do dote de 200.000 rs, pelos serviços prestados na Covilhã, de que era alcaide-mor, no Alemtejo, Salvaterra do Extremo, Campo Maior, em que foi governador e em Albuquerque e Montijo. De 9 de Março de 1655
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MERCÊ ao mesmo, mestre de campo e fidalgo da casa Real, da comenda de S. Julião de Bragança, da ordem de Cristo que vagou por Francisco Cabral, por conta da promessa de 200.000 rs. de renda efectiva e da consignação de 80.000 rs. por anno, nos bens sequestrados na comenda de Leomil,na comarca de Pinhel, dos conegos regrantes de Roncesvalles, no Reino da Navarra. De 28 de junho de 1655  


As Publicações do Blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2013/02/covilha-alcaidaria-i.html 

Estatística baseada na lista dos sentenciados na Inquisição publicada neste blogue:
http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2011/11/covilha-lista-dos-sentenciados-na.html   

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