sábado, 30 de julho de 2011

Covilhã - A Misericórdia, uma Instituição de Solidariedade Social III

Sobre os Privilégios da Misericórdia da Covilhã

Vamos agora sumariar alguns dos privilégios da Misericórdia da Covilhã.
Um dos mais curiosos, e vem ele da primeira mercê de D. Manuel, era o de poder mandar pedir esmolas num círculo de seis léguas para além do termo. O concelho da Covilhã ainda incluía nessa época o concelho do Fundão. Assim o Licenciado Luiz de Almeida, contador e corregedor da comarca da Guarda e Castelo Branco, em 1549 manda cumprir tal privilégio às autoridades da referida comarca. O mesmo ordena o representante do Bispo da Guarda D. Jorge de Melo, ao clero da diocese em 10 de Julho de 1542, exceptuando contudo a cidade da Guarda porquanto já tem edificada a Misericórdia. O Licenciado Fernão Gomez, ouvidor dele e provedor dos órfãos, capelas, resíduos, etc, notifica-o também aos seus subordinados da correição do Mestrado de Cristo, sem qualquer restrição.
Outro privilégio merece referência especial: o de nem o provedor, nem os oficiais, nem os mamposteiros da Misericórdia poderem ser coagidos a servir nos ofícios do concelho para que tenham sido eleitos.
Na ordem das isenções eclesiásticas enobrece-a a mercê de haver tido por Conservador e Juiz apostólico exclusivo, fora da jurisdição episcopal, a D. Manuel de Almada, bispo de Angra, por bula papal, com os privilégios, graças e indulgências da Confraria e Irmandade da Caridade de Roma, a que estava agregada desde 1575.


Fotocópia de um documento da Comunicação das Graças da Confraria da Caridade
de Roma, em que foi Juiz Apostólico D. Manuel de Almada, Bispo de Angra e das
Ilhas dos Açores (1575)

Documentos (Transcritos por Luiz Fernando Carvalho Dias)

 Chancelaria de D. João III

               Livº 32, fls 20 v. a 21 v.

(Extremadura) Aos oficiais da Misericórdia da vila de Covilhã carta por que são outorgados os privilégios que são concedidos aos oficiais da Misericórdia de Lisboa que são os seguintes:

Dom João etc. A quantos esta minha carta virem faço saber que por parte do provedor e irmãos da confraria da misericórdia da vila de Covilhã me foi apresentado um alvará del Rei meu senhor e pai (D. Manuel I) que santa glória haja de que o teor é o seguinte:
           
Nós el Rei fazemos saber a vós juízes da nossa vila de Covilhã que ora sois e ao diante forem que a nós apraz e havemos por bem por tal que na Misericórdia dessa vila se possa suster e as pessoas honradas da dita vila folguem de entrar nos cargos dela além de ser tanto serviço de Deus como é pelas obras de misericórdia que se delas seguem que os oficiais da misericórdia dessa vila e assim da dita confraria tenham e gozem de todos os privilégios e liberdades que temos dado e outorgado à misericórdia desta cidade e os quais lhe são guardados pelo traslado que levaram deles em pública forma e porém vo-lo notificamos assim e vos mandamos que assim o cumprais e guardeis à dita confraria e oficiais dela e os ditos privilégios assim e pelo modo e maneira que neles está contido sem outra dúvida nem embargo algum que a ele punhais Feito em Lisboa a dez dias do mês de Novembro Damião Dias o fez de 1511 e este lhe valerá sendo passado pela chancelaria da Câmara e isto nos apraz assim de fazer como a dita confraria e pedindo-me o dito provedor e irmãos da dita misericórdia que lhe confirmasse o dito alvará e visto seu requerimento antes de lhe nisso dar despacho mandei que apresentassem os privilégios concedidos à misericórdia desta cidade ou o traslado deles em pública forma para lhe serem aqui trasladados em cumprimento do qual apresentaram o traslado em público de certos alvarás e carta por mim confirmados à misericórdia desta cidade e foram trasladados dos próprios que estão na dita misericórdia por João Afonso Bocarro e António do Amaral tabeliães públicos na dita cidade e dos quais o teor de cada um deles é o seguinte:

            “ Nós el Rei por este nosso alvará nos apraz que de todos os panos que forem achados falsos nesta nossa cidade de Lisboa e for julgado que se queiram se faça e cumpra justiça na quinta parte deles e os quatro sejam dados e entregues à confraria da misericórdia desta cidade de que fazemos esmola Porém o notificamos assim aos vereadores, procurador e procuradores dos mesteres e lhe mandamos que o cumpram e guardem como neste se contém porque assim nos apraz Feito em Lisboa a vinte e seis dias de Abril. António Carneiro o fez ano de mil quatrocentos e noventa e nove o qual alvará lhe confirmo contanto que a parte da misericórdia se gaste pelos oficiais dela em vestidos dos pobres e com esta declaração mando que se cumpra.

            Nós el Rei fazemos saber a todos nossos corregedores juízes e justiças a que este nosso alvará for mostrado que a nós apraz que o procurador dos feitos da confraria da misericórdia seja ouvido em todas as audiências primeiro que nenhum outro procurador assim nas coisas da dita confraria como em quaisquer outras que ele tiver o cargo que a seu ofício pertençam e porém vos mandamos que enquanto ele tiver o cargo dos feitos da dita confraria e por eles procurar lhe cumprais e guardeis este nosso alvará como nele se contém porque assim o havemos por bem Feito em Lisboa a 24 dias de Julho Vicente Carneiro o fez de mil quatrocentos e noventa e nove o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde

            Nós el Rei fazemos saber a quantos este nosso alvará virem que a nós apraz havendo assim por serviço de Deus e nosso que a confraria da misericórdia que agora novamente é feita nesta cidade possa tirar os justiçados da forca desta cidade e ossada deles pelo dia de Todos Os Santos de cada um ano e só tirá-los do cemitério da dita confraria e isto para sempre em cada um ano, porém o notificamos assim por este e mandamos as nossas justiças da dita cidade que lhe não ponham a ele dúvida nem embargo algum porque assim nos apraz Feito em Lisboa a dois de Novembro António Carneiro o fez ano de mil e quatrocentos e noventa e oito anos o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde
 Nós el Rei por este nosso alvará nos apraz que de todas as coisas que pertencerem à almotaçaria desta cidade que forem achadas falsas e for julgado que se queiram se faça e cumpra justiça na quinta parte deles, e os quatro sejam dados e entregues à confraria da misericórdia da dita cidade de que lhe fazemos esmola E porém o notificamos assim aos vereadores e procurador e procuradores e almotacés e oficiais e vedores dos ofícios e lhe mandamos que o cumpram e guardem como neste se contém porque assim nos apraz Feito em Lisboa a dezoito dias de Agosto de mil e quinhentos
o qual alvará lhe confirmo com a declaração que isto se entenda naquelas coisas  que os oficiais da misericórdia poderem gastar em esmolas de pobres ou em uso da casa nas mesmas coisas sem as poderem vender nem comutar em outra coisa.

             Nós el Rei por este nosso alvará nos apraz por alguns justos respeitos que nós a isso movem que o escrivão que em cada um ano for da confraria da misericórdia desta cidade possa no ano que assim for escrivão da dita confraria fazer público (gozar de fé pública) naquelas coisas somente que pertencerem à dita confraria e que ele por bem do seu ofício possa e deva fazer sem embargo de nossa ordenação e defesa em contrário E  porém o notificamos assim e mandamos ao nosso chanceler mor e a todas outras nossas justiças a que o conhecimento deste pertencer e este alvará for mostrado que lho cumpram e guardem e façam cumprir e guardar como nele é contido não lhe indo contra isso em maneira alguma porque assim nos apraz Feito em Lisboa a dez dias de Outubro Álvaro Fernandes o fez ano de mil e quinhentos
o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde

Nós el Rei fazemos saber a vós almotacés que ora sois e adiante forem desta nossa cidade de Lisboa que os mordomos e oficiais da confraria da misericórdia da dita cidade nos enviaram agora dizer como eles vos mandaram muitas vezes requerer que lhes dessem carne para os pobres e doentes que a dita confraria manda dar de comer e assim para os presos que por eles são providos e que vós não lhe os mandáveis dar e que por causa de lhe não ser dada se não podiam reparar aqueles a que se as ditas esmolas dão e os doentes pereciam, o que havemos por muito mal feito e querendo nisso prover vos mandamos que daqui em diante quando quer que vós a dita carne for pedida por pessoa que a isso por a dita confraria for ordenada vós lhes deis e façais logo dar a dita carne e não o fazendo vós assim, por isto vos havemos por condenados qualquer que o assim não cumprir em dois mil reais de pena para a dita confraria aos quais mandamos ao doutor Fernão de Álvares de Almeida, ouvidor da nossa casa do cível e ao bacharel Filipe Afonso sobrejuíz que temos dados por juízes das coisas da dita confraria ou a quaisquer outras pessoas que ordenarmos por juízes dela que logo façam por eles execução naquelas pessoas que neles incorrerem e porquanto nós os damos por juízes disso como nas outras coisas e cumpri o assim Feito em Lisboa a 25 dias de Julho André Pires o fez de 1513
o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde

            Nós el Rei mandamos a vós oficiais da nossa chancelaria da corte que daqui em diante de todas as cartas que por ela passarem das pessoas que forem presas assim das cadeias do Reino como desta cidade que fordes certo por certidão do provedor da misericórdia delas que não tem por onde pagar a chancelaria delas lha não leveis e lhe deis as ditas cartas de graça e porque nós o havemos assim por bem por lhe fazermos esmola Feito em Lisboa a oito dias do mês de Março Jorge Fernandes o fez ano de 1518 / e isto será somente daquelas provisões que passarem para suas solturas
o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde

Nós el Rei mandamos a vós chanceler e oficiais da nossa chancelaria do cível desta cidade que daqui em diante de todas as cartas que passarem pela dita chancelaria das pessoas que estiverem presas assim nas cadeias do Reino como da dita cidade que fordes certo por certidão do provedor da misericórdia dela que são tão pobres que não tem por onde pagar a chancelaria dela lha não leveis e lhe deis as ditas cartas de graça e porque nós o havemos assim por bem por lhe fazer esmola e o que nisso montar neste ano presente de quinhentos e dezoito que a dita chancelaria está arrendada mandamos por este ou outro traslado que seja levado em conta aos rendeiros da dita chancelaria, o que assim cumpri Feito em Lisboa a oito dias do mês de Março Jorge Fernandes o fez ano de 1518 / e isto será somente daquelas provisões que passarem para suas solturas
o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde

Nós el Rei fazemos saber a todos os tabeliães das notas ou judiciais desta nossa cidade e a todos os testamenteiros dos defuntos que alguma coisa deixam à santa misericórdia desta cidade em seus testamentos que a nós apraz e havemos por bem por o assim sentirmos por serviço de Deus que tanto que os defuntos e testamentos fazem em que à dita misericórdia deixem alguma coisa, falecerem, do dia do seu falecimento a vinte dias primeiros seguintes leves e mostres os ditos testamentos ao escrivão dos frutos da dita misericórdia para se saber o que à dita misericórdia deixam e para ela se arrecadar e se cumprir o que os defuntos em seus testamentos mandam e as verbas do que lhe deixarem para o requererem ao qual escrivão mandamos que tudo registe em livro para tudo se poder saber e não lhos mostrando ou dando e levando certidão sua como ficam registados vos havemos por condenados por cada vez em vinte cruzados para os presos pobres e mandamos aos juízes dela que o executem assim e o dito escrivão que vo-lo notifique e requeira para não alegardes ignorância E assim por isto sobre as ditas penas a quaisquer nossas justiças que tanto que testamentos ou feitos tiverem ou virem que toque à dita misericórdia que logo remetam tudo aos juízes dela para nisso mandarem o que for justiça Feito em Lisboa a 17 dias de Abril Álvaro Neto o fez ano de 1518
o qual alvará lhe confirmo assim e da maneira que nele se contém e mando que assim se cumpra e guarde E porém notificar se a uma vez nos tabeliães do paço e há dita notificação se porá por termo adiante nos rostos deste caderno.

Nós el Rei fazemos saber a vós Dom Álvaro de Castro, governador da Casa do Cível desta nossa cidade de Lisboa e ao nosso corregedor nela e a todos outros juízes e justiças, oficiais a que este nosso alvará for mostrado e o conhecimento dele pertencer que a nós temos informação que nesta cidade há muitos peditórios que se fazem indevidamente para presos e entrevados e envergonhados aos quais a confraria da misericórdia providencia em suas necessidades segundo sua boa ordenança com dinheiro e pão e assim é acerca dele provido que a nenhum que haja na cidade da dita qualidade se não deixa de fazer e porque se possa evitar o que se faz como não deve nos tais peditórios defendemos e mandamos que daqui em diante nenhuma pessoa não peça para presos nem entrevados nem envergonhados sob pena de quem quer que o fizer ser preso um mês na cadeia da cidade e a dita confraria proverá sobre os tais como faz em maneira que os tais peditórios não sejam necessários, porém vos mandamos que o façais assim logo apregoar e notificar para que se guarde como aqui mandamos e em tudo se guarde este como nele é contido sob a dita pena que dareis à execução Feito em Lisboa a 15 dias de Fevereiro António  Carneiro o fez ano de mil e  quatrocentos e noventa e nove
o qual alvará confirmo como nele se contém

Dom Manuel por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves daquém e dalém mar em África senhor da Guiné e da conquista navegação comércio de Etiópia Arábia Pérsia e Índia A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que havendo nós respeito ao contínuo trabalho que o provedor, mordomo e escrivão e irmãos da confraria de nossa casa da misericórdia desta cidade de Lisboa levam no serviço da dita confraria e para que Nosso Senhor possa ser por eles melhor servido e com menos opressão e trabalho o possam sofrer e fazer aquelas coisas que a seus cargos e a bem da dita confraria pertencem e por lhe fazermos esmola temos por bem e queremos que aqueles oficiais que em cada um ano servirem a dita confraria e para o serviço dela forem ordenados segundo forma de seu compromisso e constituição sejam privilegiados e escusos e riscados de todos os cargos e ofícios do concelho e não sejam para eles nem cada um deles constrangidos e bem assim queremos que lhe não sejam tomadas suas casas de morada, adegas nem cavalarias para nenhumas pessoas que sejam, salvo por nosso especial mandado, outrossim queremos que sejam escusos de pagarem nenhumas peitas, fintas, talhas, pedidos, empréstimos, que por nós nem para o concelho forem, nem sejam lançados no ano em que assim forem oficiais nem lhes tomem nenhumas outras casas de aposentadoria nem roupa de cama, nem nenhuma outra coisa de seu, contra suas vontades e porém mandamos s todos nossos corregedores, juízes e justiças e a quaisquer outros oficiais a que esta carta for mostrada e o conhecimento dela pertencer que a cumpram e façam inteiramente cumprir e guardar aos oficiais que cada um ano forem ocupados no serviço da dita confraria porque assim é nossa mercê sob pena de qualquer que o assim não cumprir e contra este for, pagar dois mil reais de pena para a dita confraria e para este haver de julgar e fazer dar a dita pena a dita pena a execução naqueles que nela incorrerem havemos por bem que sejam juízes o doutor Fernão de Alvares de Almeida, ouvidor da casa do cível e o bacharel Filipe Afonso, sobrejuíz que temos dados por juízes das coisas da dita confraria ou outras quaisquer que nós ordenarmos que sejam juízes dela, os quais conhecerão dos agravos que receberem em lhe não serem os ditos privilégios guardados e darão as ditas penas à execução como é dito. Dada na nossa cidade de Lisboa a 25 dias de Junho André Pires a fez ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e treze
            A qual carta lhe confirmo como nela se contém e mando que se cumpra e guarde

[…] E vistos por mim os ditos alvarás e carta neste caderno trasladados e o requerimento do dito provedor e irmãos da dita confraria da misericórdia de Covilhã E por nisso fazer esmola à dita casa tenho por bem e mando que os ditos alvarás e carta lhe sejam inteiramente cumpridos e guardados assim e da maneira que se neles contém e com as declarações e confirmações que ao pé de cada um deles vão postas as quais vão escritas em quatro folhas deste caderno com esta a que assinei Vicente Fernandes a fez em Lisboa aos 17 dias do mês de Janeiro ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e quarenta e dois anos e eu Damião Dias o fiz escrever e para conhecer das penas de dinheiro que nos alvarás atrás eram cometidas ao doutor Fernão de Alvares e Filipe Afonso hei por bem que conheça delas o juiz que for da dita vila de Covilhã dando apelação e agravo para quem pertencer do que não couber em sua alçada.
                                   
Arquivo da Câmara

Auto de apresentação de uma petição despacho certidão e privilégio que tudo se apresentou ao Juiz e Vereadores por parte de João Esteves morador em Aldeia do Mato

Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos setenta e nove anos aos sete dias do mês de Fevereiro do dito ano nesta vila da Covilhã E sendo na Câmara dela Nuno Cardoso vereador e juiz na dita vila à ausência do Licenciado Sebastião Barbosa, juiz de fora nela, por andar pelo termo na repartição das sisas, Antão Vaz e Miguel da Costa, vereadores nela e Francisco Rebelo procurador do concelho, por parte do João Esteves morador no lugar de Aldeia do Mato, termo desta vila lhe foi apresentada a petição sobre o despacho nela assinado certidão e privilégio que tudo assim … requerendo ser no despacho visto tudo como fosse justiça E visto pelos ditos Juiz e vereadores mandaram fazer este auto […] a dita petição e mercê Gaspar Francisco escrivão da Câmara o subscrevi.

                                                                                 a 7 de Fevereiro

Diz João Esteves morador em Aldeia do Mato que ele e Pedro Afonso do dito lugar foram eleitos para juízes dele no ano presente de setenta e nove E por que o suplente e o dito Pedro Afonso são parentes no terceiro grau de maneira que não podem ambos servir E além disto o suplente é Mamposteiro da Misericórdia desta vila E como tal é escuso do dito ofício por bem dos privilégios que a dita casa tem, pede a vossas mercês que havendo a tudo respeito de que fará certo sendo necessário o escusem do dito ofício de juiz e façam eleição em outro que sirva com o dito Pedro Afonso e receberá justiça e mercê.

 Apresente o privilégio da Misericórdia de que faz menção a 24 de Janeiro de 1579
a) João Roiz         a) Correia             Barbosa Azevedo
                            Gaspar Vaz escrivão da Casa da Misericórdia desta vila de Covilhã faço saber aos que esta certidão virem, como João Esteves morador no lugar de Aldeia do Mato serve de Mamposteiro da dita casa há muitos anos E o faz bem como seja a serviço de Deus, certifico-o assim, hoje sete de Fevereiro de 79.
a)      Gaspar Vaz

  Senhores

Juiz vereadores e procurador desta vila de Covilhã Miguel da Costa cavaleiro fidalgo da Casa del Rei nosso senhor, provedor da Casa da Misericórdia da dita vila faz saber a vossas mercês que sendo el Rei Dom Manuel que santa glória haja informado como nesta confraria se fazia muito serviço a Deus e cumprem bem as obras de misericórdia socorrendo e ajudando com esmolas a muitas pessoas honradas, necessitadas e envergonhadas e a outros pobres e pessoas miseráveis e aos presos não somente com comer mas ainda gastando muito com eles e seus livramentos, lhes concedeu e outorgou para seus alvarás e cartas patentes todos os privilégios graças e mercês que dado tinha à confraria da misericórdia da cidade de Lisboa, os quais alvarás, cartas e privilégios que nesta casa e arca da dita misericórdia estão confirmados por El rei Dom João terceiro que está em glória, entre as quais cartas e alvarás há uma carta pela qual sua alteza manda e há por bem que aqueles oficiais que em cada um ano servirem na dita confraria e para o serviço dela forem ordenados, serão privilegiados, e escusos, relevados de todos os cargos e ofícios do concelho e não sejam para eles nem cada um deles constrangidos, nem lhe sejam tomadas suas casas de morada nem adegas, cavalarias para nenhumas pessoas que sejam, E que sejam escusos de pagarem em peitas, fintas, talhas, pedidos, emprestados, que por sua alteza nem para o concelho forem lançados nem lhes tomem outras casas, algumas suas aposentadoria nem roupa de cama nem outra coisa alguma contra suas vontades. O ano em que assim forem oficiais e servirem a dita misericórdia por virtude da qual carta e doutras provisões que a dita misericórdia tem de sua alteza como dito é … o provedor e irmãos dela confiando da bondade e sã consciência de António Lourenço, morador no lugar da Fatela que bem e como cumpre a serviço de Deus e da dita confraria servirá, o elegemos ora por Mamposteiro da Igreja e freguesia do dito lugar da Fatela, termo desta vila E lhe damos poder que ele possa tirar e pedir as esmolas para a dita misericórdia na dita Igreja e pelas casas, eiras, lagares de vinho, azeite e assim de todas as outras novidades em seus tempos devidos, ao qual António Lourenço foi dado juramento pelo escrivão da dita confraria sobre os santos evangelhos em que especialmente pôs a mão que ele dito António Lourenço faça bem e com sã consciência tire, arrecade as ditas esmolas  e será obrigado pelo mês de Dezembro de cada um ano a trazer à dita casa tudo o que tiver arrecadado e entregue levar conhecimento de como fica carregado no livro da Receita e não o fazendo assim, este privilégio lhe não valerá, e ele António Lourenço nos pediu este privilégio por sua guarda o qual lhe mandamos dar, assinado por mim provedor e selado com o selo da dita Casa E porque assim elegemos e damos por Mamposteiro do dito lugar ao dito António Lourenço, vos requeremos da parte del Rei nosso senhor e da nossa, muito pedimos que guardeis e façais guardar ao dito Mamposteiro todos os privilégios, liberdades de que ele por bem do dito cargo de Mamposteiro deve gozar E o deixeis tirar e pedir as ditas esmolas não lhe indo contra isso em todo nem em parte, nem consentindo ser-lhe feito algum estorvo porque as ditas esmolas se não tirem E de vós senhores se assim o fizerdes cumprireis justiça e fareis o que se de vós espera do que nos faremos nas coisas da dita misericórdia quando da sua parte nos for requerido E sereis participantes nas Indulgências da Confraria de Nossa Senhora de Misericórdia, feito por mim Gaspar Vaz, escrivão público da dita misericórdia por especial provisão do Senhor que este por mandado do provedor e Irmãos dela escrevi hoje vinte e sete de Janeiro de 1579 anos E que meu sinal fiz que tal é ( X ).

            (outra letra)

Se tem outro privilégio de que se possa ajudar apresente-o será de sua justiça Nuno Cardoso e faça certo de parentesco que tem com o dito juiz seu companheiro
a) Nuno Cardoso / D Costa           a) Francisco Rebelo         A) Antão Vaz

e sendo feito o dito auto e a carta alva/… a dita petição certidão e privilégio/ ….no dito dia sete de Fevereiro do dito ano de mil quinhentos e setenta e nove …. / dita Câmara pelos ditos juiz vereadores e procurador do concelho foi posto nele  despacho atrás Francisco Fernandez escrivão da Câmara o escrevi /
Aos doze dias do mês de Fevereiro de mil quinhentos e setenta e nove anos na Câmara desta vila de Covilhã por Manuel Seabra inquiridor, comigo escrivão foram perguntadas as testemunhas seguintes pelo conteúdo no despacho atrás alegado pelo suplicante João Esteves. Francisco Fernandez escrivão da Câmara o escrevi /

António Martins, ferreiro, morador no lugar de Aldeia do Mato, termo desta vila de Covilhã, testemunha jurada aos santos evangelhos E perguntado pelo costume e coisas dele disse que é primo segundo do suplicante João Esteves e mais não disse ao costume, perguntada a dita testemunha pelo conteúdo no despacho atrás disse que sabe que o suplicante João Esteves é primo segundo com Pedro Afonso juiz no presente ano e no dito lugar de Aldeia do Mato e mais não disse.
Francisco Fernandez escrivão da Câmara o subscrevi,
            a)  António Martins                              a)   Seabra
Francisco Lopez, morador no dito lugar de Aldeia do Mato, testemunha jurada aos santos evangelhos e perguntado pelo costume e coisas dela disse que é parente do suplicante seu primo segundo e mais não disse ao costume /

perguntado deste pelo conteúdo no dito despacho disse que sabe que o suplicante João Esteves é primo segundo com Pedro Afonso juiz que ora é este ano e  mais não disse.
Francisco Fernandez escrivão da Câmara o subscrevi,
                     a)   Seabra
Aos dezanove dias do mês de Fevereiro de mil quinhentos e setenta e nove anos na Câmara desta vila de Covilhã por Manuel Seabra inquiridor, comigo escrivão foram perguntadas às testemunhas seguintes pelo conteúdo no despacho atrás deixado pelo suplicante João Esteves. Francisco Fernandez escrivão da Câmara o escrevi /

… Fernandez, lavrador, morador na Aldeia do Mato, termo desta vila testemunha jurada aos santos evangelhos e perguntado pelo costume e coisas dele disse que é parente do suplicante João Esteves no segundo grau e mais não disse ao costume /
perguntado ele testemunha pelo conteúdo no dito despacho disse que sabe que o suplicante João Esteves é parente de  Pedro Afonso//Juiz este presente ano no lugar de Aldeia do Mato porque os donos deles eram irmãos e  mais não disse.
Francisco Fernandez escrivão da Câmara o subscrevi,
                         a)  … Fernandez                     a)   Seabra

Filipe Antunes, lavrador, morador no lugar de Aldeia do Mato, testemunha jurada aos santos evangelhos e perguntado pelo costume e coisas dele disse a tudo nada E perguntado ele testemunha pelo conteúdo no dito despacho que pelo dito inquiridor lhe foi lido disse que o suplicante João Esteves é seu parente no segundo grau e mais não disse que disse ao costume que o suplicante é seu parente no segundo e mais não disse ao costume

E perguntado ele testemunha pelo conteúdo no dito despacho que pelo dito inquiridor lhe foi lido disse que Pedro Afonso juiz que ora é no dito lugar de Aldeia do Mato é parente do suplicante João Esteves por que os donos deles eram ambos irmãos e mais não disse. Francisco Fernandez, escrivão da Câmara o escrevi
                                   
                                                                          Seabra
Aos vinte e um dias do mês de Fevereiro de mil quinhentos e setenta e nove anos estando na câmara desta vila de Covilhã Nuno Cardoso vereador e juiz pela ordenação e Antão Vaz e Miguel da Costa vereadores e Francisco Rebelo procurador do concelho e escrivão, eu fiz estes autos conclusos. Francisco Fernandez o escrevi.
                                             
                                                      +
visto como este suplicante é Mamposteiro da misericórdia e tira as esmolas / para a dita casa  (em  entrelinha ) / este ano presente e os privilégios que por sua parte se apresentam e como o cargo que lhe é lançado não é juiz de concelho mas pede que o havemos por escuso do dito cargo e mandamos que em seu lugar se eleja outra pessoa auta e suficiente para o dito cargo xxxx ( palavra riscada ) havendo tão respeito ao lugar de Aldeia do Mato ter cento e cinquenta vizinhos pouco mais ou menos / fiz entrelinha “ para a dita casa “
     a) Miguel da Costa                      a) Antão Vaz

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Covilhã - Invasões II

Assentos de Óbito 1811
Guerra Peninsular - Invasões Francesas

Covilhã

S. João de Malta

Covilhã - Igreja de S. João de Malta em 2011
     Fotografia de Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias

Óbitos 1
“Aos 18 dias do mês de Fevereiro do presente ano de 1811 faleceu da vida presente  à tirania dos Franceses sem sacramentos Estêvao António Jacinto, solteiro, filho de João Rodrigues Jacinto e de Maria Josefa, naturais desta vila da Covilhã e moradores nesta freguesia, [ ... ], de 60 anos pouco mais ou menos.

Aos 12 dias de Março do presente ano de 1811 faleceu da vida presente  à tirania dos Franceses e ainda se confessou Francisco Duarte, pedreiro, viúvo que tinha ficado de Ana Joaquina, desta freguesia de S. João de Malta, foi sepultado na cova da mesma Igreja, tinha de idade 57 anos.

Aos 27 dias do mês de Março do presente ano de 1811 faleceu da vida presente  à tirania dos Franceses a quem confessei somente e não pude administrar mais sacramentos Joana Bernarda Feia Moreira, viúva que tinha ficado de Domingos Tomás, moradores que tinham sido nesta freguesia, foi sepultada na cova da fábrica, idade 65 anos.

Aos 27 dias do mês de Março de 1811 faleceu da vida presente  à tirania dos Franceses  “e sem sacramentos Catarina de Jesus, casada que tinha sido com João de Proença, o qual também morreu à força de pancadas dos mesmos tiranos” e moradores que tinham sido nesta freguesia. Eram muito pobres. Foram sepultados em cova da fábrica [ ... ]

Aos 28 dias de Março de 1811 faleceu da vida presente  à tirania dos Franceses  e sem sacramentos Bonifácia Jacinta, casada que tinha sido com Francisco Ferreira, moradores esta freguesia. Foi sepultada em cova da fábrica desta mesma Igreja [ ... ]

Óbitos 1 : Aos 2 dias do mês de Abril do presente ano de 1811 faleceu da vida presente  com todos os sacramentos  o Dr. António Delgado Feio, (tetravô de Luiz Fernando Carvalho Dias) casado que tinha sido com D. Ana Joaquina Lemos, natural desta vila de Covilhã e morador nesta freguesia de S. João de Malta e foi sepultado em cova da fábrica desta mesma Igreja. Tinha de idade sessenta anos pouco mais ou menos, não fez testamento de que fiz este assento que assinei dia mês e ano ut supra.
O Cura Agostino Antunes
Teve missa presente

Óbitos 2 : Aos 27 de Abril de 1811 faleceu D. Ana Joaquina de Lemos, viúva que tinha ficado do Dr. António Delgado Feio, natural desta vila de Covilhã e morador nesta freguesia de S. João de Malta e foi sepultada em cova da fábrica desta mesma Igreja e fez testamento que abaixo vai copiado (fls 2)
É seu testamenteiro e herdeiro o Padre Manuel Joaquim Morais Leitão, sobrinho de seu defunto marido “pois mo merece porque me tem feito  todos os obséquios e só com ele me tenho achado nesta minha moléstia e desamparo em que fiquei pela morte de meu dito marido [ ... ]. Covilhã 8 de Abril de 1811.
Quem escreveu o testamento foi o Dr. João Álvares Feio.

S. Martinho
fls 66 vº
José de Oliveira, carpinteiro, casado que foi com Ana Fazendeira a primeira vez e agora com Ana Dias, natural de S. Paio, tem 59 anos de sua idade, pouco mais ou menos, e recebidos os sacramentos da penitência e comunhão menos o da Extremunção porque logo aqui entrou o inimigo, achando-se morto depois da saída do mesmo no dia 28 de Março de 1811 foi sepultado dentro desta Igreja de que fiz este termo dia mês e era ut supra.
O encomendado Pedro António de Figueiredo.
( O assento anterior é de 4 de Dezembro de 1810 e o seguinte é de 4 de Abril de 1811. A seguir nesta e nas outras freguesias há muitos casos de maligna. )

Francisco Martins, casado que tinha sido com Maria Rita Xarata, desta freguesia, tendo 28 anos de idade pouco mais ou menos, foi morto às mãos do inimigo junto ao povo de Pedrogam do Campo donde era natural aonde tinha ído visitar seus parentes e em cuja igreja jaz sepultado sucedendo sua morte segundo a informação que tive no dia 29 de Março do ano de 1811 de que fiz este termo.

Maria, viúva de Manuel da Silva, naturais de Gonçalo, moradora nesta freguesia, tendo 50 anos de idade, pouco mais ou menos, faleceu de debilidade na Vª de Manteigas para onde se tinha refugiado do inimigo nos fins de Março ou princípios de Abril do ano de 1811 como poderá constar dos livros da Igreja de S. Pedro da dita Vila aonde foi sepultada, tendo recebido os sacramentos de que fiz este assento dia, mês e era ut supra.
O Encomendado Pe. António de Figueiredo

S. Paulo
fls 105 vº
“ Aos 21 dia do mês de Fevereiro deste presente ano de 1811 faleceu assassinadamente pelos Franceses Manuel Lopes Rato, casado com Ana Joaquina Letruda, tendo de idade 30 anos, pouco mais ou menos e foi sepultado na Serra da Estrela no mesmo sítio em que foi assassinado, de que fiz este termo. Dia, mês e ano ut supra.
O prior João Monteiro.

“ Aos 21 dia do mês de Fevereiro deste presente ano de 1811 foi assassinado pelos Franceses António Tavares da Costa Lobo, solteiro, filho de José Caetano de Tavares da Costa Lobo e de sua mulher D. Mariana Antónia Josefa Freire Castelo Branco, tendo de idade 50 anos, pouco mais ou menos e foi assassinado na Quinta junto à ponte de Martir in Collo que é do Pe. Filipe Caldeira, na qual foi sepultado por estar esta freguesia ocupada pelos Franceses, de que fiz este termo cujo assinei. Dia, mês e ano ut supra.
O prior João Monteiro.

S. Vicente
fls 74
Nos últimos dias de Fevereiro depois de entrarem os franceses nesta Vila de Covilhã acharam-se mortos por estes inimigos as pessoas seguintes desta freguesia de S. Vicente:
João Baptista Robalo, de idade 69 anos, jaz sepultado no cemitério desta Igreja.
Joana Baptista, solteira, de 60 anos, jaz sepultada no Cemitério desta Igreja de S. Vicente.
Tereza Baptista, viúva, de 77 anos, jaz sepultada no Cemitério desta Igreja de S. Vicente, de que fiz este assento Covilhã 27 de Fevereiro de 1811. O Pe. Luiz de Matos e Souza.

S. Silvestre
fls 167
Aos 18 dias do mês de Fevereiro do corrente ano de 1811 sendo de idade de 50 anos pouco mais ou menos de um tiro que lhe atiraram os Franceses faleceu da vida presente sem sacramentos Manuel Giraldes, casado que foi com Maria Rabasquinha, naturais e moradores nesta freguesia de S. Silvestre e foi sepultado em cova da fábrica da mesma Igreja e para constar fiz este termo que assinei dia, mês e ano ut supra.
O Cura João Nunes Mouzaco

Aos dezassete dias do mês de Março do corrente ano de 1811, sendo de idade de 50 anos pouco mais ou menos, de umas pancadas que lhe deram os Franceses faleceu da vida presente sem sacramentos José Abrantes, casado que foi com Izidora Joaquina, desta freguesia de S. Silvestre, e foi sepultado em cova da fábrica da mesma Igreja e para constar fiz este termo que assinei dia, mês e ano ut supra.
O Cura João Nunes Mouzaco.

( O assento que antecede ao primeiro é de 11 de Março de 1811 e o seguinte ao anterior é de 15 de Março de 1811. Fala-se a seguir de mortes por febres malignas. )

S. Bartolomeu            mixtos 3
fls 247
“ Aos 25 do mês de Fevereiro do ano de 1811 faleceu da vida presente José Lopes Rato, solteiro, tendo sido morto às mãos dos inimigos franceses que se achavam então de posse desta Vila, não recebeu sacramentos alguns por se vir achar já morto está sepultado nesta freguesia de S. Bartolomeu donde era freguês em cova da fábrica e para constar fiz este termo que assino.
O Vigário Manuel Roque “

“ Aos 25 do mesmo mês de Fevereiro deste ano de 1811 faleceu da vida presente e sem sacramentos José Paulo Rondão, que foi morto de um tiro dado pelos inimigos franceses que entraram nesta Vila, viúvo que era de Ana Maria Montez e foi enterrado em um campo junto á Capela do Sr. Jesus desta mesma Vila e para constar fiz este termo.
O Vigário Manuel Roque “

“ António Nunes de Morais casado que era com Ana de Jesus faleceu de doença que Deus N. Sr. foi servido dar-lhe na Serra próxima a esta Vila indo fugindo ao inimigo francez que então entrava nesta Vila aos 26 dias pouco mais ou menos do mês de Fevº deste ano de 1811 e não foi sepultado nesta Igreja de S. Bartolomeu mas sim na mesma Serra por se achar passados muitos dias e não se poder já conduzir em razão da muita corrução e para constar fiz este termo que assino.
O Vigário Manuel Roque. “

Fls 247 vº
“ Aos 24 dias do mês de Março deste ano de 1811, faleceu da vida presente sem sacramentos de confissão, comunhão e extremaunção por se achar morto António de Sequeira, solteiro, da vila de Manteigas e há muitos anos morador nesta vila, foi enterrado na cova da fábrica desta freguesia de S. Bartolomeu donde era morador e para que conste fiz este termo que assino.
Covilhã dia, mês e ano ut supra
O Vigário Manuel Roque

(a seguir)

“ Aos 24 dias do mês de Maio deste ano de 1811, faleceu da vida presente sem sacramentos por se achar morto António Delgado Ranho Verde desta freguesia, foi a sepultar no Adro da Santa Casa desta Vila e para constar fiz este termo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Covilhã - Fotografias Actuais I

Convidamo-lo a fazer um exercício comparativo entre textos e fotografias/postais antigos, já publicados neste blogue, com imagens captadas pelos editores em Julho de 2011 na Covilhã.


Praça do Município (Pelourinho) - Paços do Concelho

Praça do Município - Estátua de Pero da Covilhã,
incumbido por D. João II de saber novas da Índia, por terra

Praça do Município - Igreja da Misericórdia e Estátua de D. Luís I,
o Rei que em 1870 elevou a Covilhã a Cidade

No meio do arvoredo, a Igreja Românica de S. Martinho,
na Rua Marquês d´ Ávila e Bolama

O Arco do Quartel que une dois dos espaços da Universidade da Beira Interior,
na rua Marquês d' Ávila e Bolama (Antigo Quartel de Caçadores 2  e antes Real Fábrica de Panos)


Capela de Nossa Senhora da Estrela,
na freguesia da Boidobra
                         
Escudo da Capela de Nossa Senhora da Estrela

sábado, 23 de julho de 2011

Covilhã - Lista dos Sentenciados na Inquisição XIV

Lista dos Sentenciados no Tribunal do Santo Ofício da Inquisição de Lisboa, Coimbra e Évora, originários ou moradores no antigo termo da Covilhã e nos concelhos limítrofes de Belmonte e Manteigas.

361      João da Cruz, x.n., curtidor, de 30 anos, natural e morador no Fundão, filho de Manuel Jorge Arroja ou Manuel Jorge ou Manuel Jorge Roxas, natural do Fundão e de Justa de Paiva, natural de Penamacor, casado com Isabel Henriques e em 2ªs nupcias com Ana Nunes, neto paterno de Jorge Rodrigues Roxas ou Jorge Rodrigues Arroja e de Violante Rodrigues, moradores que foram no Fundão e materno de Duarte de Paiva e de Graça de Luna, preso em 24/12/1673, de 30/3/1671 a 18/8/1692. (A mulher, a 2ª mulher e filhos são os referidos sob os nºs 329, 521, 587, 597, 598, 599, 713, 773, 777 e 800 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/9575                                

362      Gabriel Gomes ou Gabriel Gomes Navarro, x.n., aguardenteiro, de 35 anos, natural de Sevilha e morador no Fundão, filho de Fernão Gomes, natural da Covilhã e de Clara Gomes, natural do Fundão, viúvo de Isabel Henriques, neto materno de Jorge Rodrigues Arroja ou Jorge Rodrigues Roxas, x.n. e de Violante Rodrigues, moradores que foram no Fundão. Era primo de Jorge Coelho Henriques, Violante Henriques e Guiomar Henriques e de João da Cruz e de Graça de Luna. De 6/12/1673 a 8/5/1682.   (As filhas são as referidas sob os nºs 350 e 823 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/2755                    

363      Miguel da Cunha, ½ x.n., solteiro, estanqueiro do tabaco, de 53 anos, natural do Alcaide, morador no Fundão, filho de Martim de Oliveira ou Martinho de Oliveira, x.v., lavrador e de Juliana da Cunha, x.n., naturais e moradores no Alcaide, neto paterno de Brás de Oliveira e materno de Miguel Henriques Falcão, natural de Alfaiates e de Brites da Cunha, bisneto de Rodrigo da Cunha, pai da avó materna, trisneto de Pedro da Cunha e Brites do Mercado, pais do bisavô Rodrigo e tetraneto de Luís do Mercado, cavaleiro fidalgo da Casa Real, pai da trisavó Brites do Mercado, casou em 1ªs núpcias com Leonor Rodrigues, x.n., em 2ªs com Ana Nunes. x.n., e em 3ªs com Guiomar Henriques, x,n., de 31/12/1673 a 3/6/1684. (A mulher Guiomar e os irmãos são os referidos sob os nºs 367, 285, 318, 319 e 335 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/10182                  

364      Leonor Mendes, x.n., de 28 anos, (35 anos em 1682), natural de Idanha-a-Nova, moradora no Fundão, filha de Francisco Fernandes, x.n., tosador, natural de Idanha-a-Nova e de Ana Mendes,x.n., natural de Monsanto, moradores que foram na Idanha –a-Nova, casada com Marcos Mendes Ferreira, ou Marcos Mendes, que vai nesta lista, ferreiro, neta paterna de Jorge Morão, x.n., tosador e Leonor Fernandes, x.n., e materna de Rodrigo Lopes, x.n., e Justa Mendes, x.n., natuaris e moradores que foram em Monsanto, de 4/1/1675 a 20/5/1682, Auto de fé de 10/5/1682. (O marido é o referido sob o nº 359 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/7396                    

365   Mateus Álvares, x.n., barbeiro, de 44 anos, natural de Mateus, Vila Real, morador em Lisboa, filho de Domingos Luís e de Rufina Álvares de Carvalho, natural do Fundão, neto materno de Pedro Vaz de Carvalho e de Isabel Gonçalves, de 21/3/1671 a 30/5/1682, sentença na mesa de 14/5/1682.
PT-TT-TSO/IL/28/10180 

366      Ana Maria de Sousa ou Ana Maria, ¾ x.n., de 42 anos, natural de Sevilha, moradora no Fundão, casada com Jorge Coelho ou Jorge Coelho Henriques, filha de Simão de Sousa, x.n., mercador e de Isabel Henriques, ½ x.n., natural de Lisboa, neta paterna de Simão de Sousa e de Inês Mendes e materna de Manuel Gomes Henriques ou Manuel Gomes, x.v. e de Violante Cardosa ou Violante Cardoso, x.n., naturais de Abrantes, bisneta de Henrique Gomes, tratante e Guiomar Gomes, x.x.v.v., pais do avô materno  e de Simão Lopes, tratante e Ana Castanha, x.x.n.n., naturais e moradores em Abrantes, pais da avó materna, (O marido e a mãe são os referidos sob os nºs 316 e 370 desta lista), de 4/12/1673 a 3/9/1683.
PT-TT-TSO/IL/28/10085.

367      Guiomar Henriques, x.n., de 45 anos ( 37 em 1673 ) anos, natural do (Fundão) Alcaide, moradora no Fundão, filha de Pedro Coelho, x.n., natural da Covilhã e de Brites Henriques, x.n., natural do Fundão, neta materna de Jorge Rodrigues Arroja ou Jorge Rodrigues Roxas e Violante Rodrigues, xx.nn, moradores que foram no Fundão, casada com Miguel da Cunha (3ªs núpcias dele), contratador do tabaco, que vai nesta lista,  (O marido e a irmã são os referidos sob os nºs 363 e 369 desta lista), de 6/12/1673 a 12/2/1683.
PT-TT-TSO/IL/28/2748                    

368      Graça de Luna, x.n., de 26 anos, natural e moradora no Fundão, casada com Manuel Nunes, curtidor, filha de Manuel Jorge ou Manuel Jorge Arroja, (4º casamento dele), curtidor, natural do Fundão e de Justa de Paiva, natural de Penamacor, neta paterna de Jorge Rodrigues Roxas ou Jorge Rodrigues Arroja e Violante Rodrigues, moradores que foram no Fundão e materna de Duarte de Paiva e Graça de Luna, presa em 26/12/1673, de 6/12/1673 a 8/5/1683. (O marido e o filho são os referidos sob os nºs 353 e 530 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/2749.

369      Violante Henriques, x.n., de 40 anos, natural e moradora no Fundão, viúva de Miguel Henriques, mercador, filha de Pedro Coelho, x.n., natural da Covilhã e de Beatriz Henriques, x.n., natural do Fundão, neta materna de Jorge Rodrigues Roxas ou Jorge Rodrigues Arroja e Violante Rodrigues, moradores que foram no Fundão, (A irmã é a referida sob o nº 367 desta lista), presa em 25/12/1673, Auto de fé de 10/5/1682, de 6/12/1673 a 21/5/1682.
PT-TT-TSO/IL/28/4913.

370      Isabel Henriques, x.n., de 66 anos, natural de Lisboa e moradora no Fundão, viúva de Simão de Sousa, mercador, filha de Manuel Gomes Henriques, x.v., mercador e de Violante Cardosa ou Violante Cardoso, x.n., naturais de Abrantes, neta paterna de Henrique Gomes, tratante e Guiomar Gomes, x.x.v.v. e materna de Simão Lopes, tratante e Ana Castanha, x.x.n.n., naturais e moradores em Abrantes, (A filha é a referida sob o nº 366 desta lista), presa em 26/12/1673. Auto de fé de 10/5/1682. De 26/12/1673 a 3/9/1682.
PT-TT-TSO/IL/28/7679.

371      Aires Rodrigues, x.n., de 42 anos, tratante, natural da Guarda e morador em Lisboa, filho de Manuel Henriques, x.n., banqueiro, natural da vila de Roda, Castela e de Branca Rodrigues, natural da Covilhã, casado com Maria Nunes da Costa, neto materno de Aires Rodrigues e de Isabel Rodrigues,  (A mãe é a referida sob o nº 282 desta lista), de 1/7/1662 a 4/11/1682.
PT-TT-TSO/IL/28/9576          

372      Catarina Nunes, parte de x.n., natural do Fundão, moradora em Portalegre, filha de Gaspar Mendes e de Leonor Rodrigues, viúva de Manuel Henriques, x.v., alferes de cavalos, tosador, neta paterna de Manuel Rodrigues, burrinhos de alcunha e de Violante Mendes, naturais e moradores que foram no Fundão e materna de Pedro Vaz, x.v, de 8/6/1682 a 9/4/1683.
PT-TT-TSO/IE/21/11052

373      Mécia Nunes, x.n., de 56 anos, natural de Proença e moradora no Fundão, filha de Antão Vaz e de Ana Nunes, neta paterna de Diogo Nunes e Isabel Lopes, naturais de Proença e materna de Jerónimo Fernandes e Ana Antunes, naturais de Proença, casada com Francisco Vaz, mercador, presa de 27/2/1674 a 2/5/1683. (O marido e a filha são  os referidos sob os nºs 331 e 593 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/2657

374      Guiomar Henriques, x.n., de 56 anos, natural e moradora no Fundão, filha de Francisco Vaz, x.n., médico, natural da Guarda e de Isabel Henriques, x.n., natural do Fundão, neta paterna de Rodrigo Vaz e de Leonor Rodrigues e materna de António Fernandes e Leonor Rodrigues, casada com Diogo Nunes, de  26/4/1683 a 3/5/1683. (O marido, irmãos e a cunhada são os referidos sob os nºs 330, 331, 334, 355, 357 e 333 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/12217. 
                       
375      Brites Nunes, x.n., de 90 anos, natural e moradora no Fundão, viúva de Francisco Mendes de Almeida,  de  5/5/1683 a 8/5/1683. (As filhas são as referidas sob os nºs 337 e 338 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/12723

376      Manuel Gomes Cáceres, x.n., médico, de 45 anos, natural da Covilhã, morador ao  Crucifixo, S. Nicolau, em Lisboa, filho de Manuel Gomes, x.n., mercador e de Isabel de Cáceres, x.n., casado com Clara Dias, de 23/4/1682 a 23/8/1683.
PT-TT-TSO/IL/28/1225

377      Miguel Fróis, x.n., solteiro, natural da Guarda ou Covilhã, filho de Manuel Fróis, que foi prebendeiro do cabido desta cidade de Coimbra e nela morador e de Filipa Henriques, relaxado em estátua, por estar ausente, auto público de 21/2/1683. ( A mãe é a referida sob o nº 376 desta lista).
PT-TT-TSO/IC/25/9036

378      Filipa Henriques, x.n., mãe do anterior, casada com Manuel Fróis, que foi prebendeiro do cabido da cidade de Coimbra, relaxada em estátua, por estar ausente, auto público de 21/2/1683. (O filho é o referido sob o nº 377 desta lista).

379      Diogo Rodrigues, x.n., de 48 anos, rendeiro, natural da Covilhã e morador em Brunhos, termo de Montemor-o-Velho, auto de mesa de 10/6/1683.

380      Francisco Lopes ou Francisco Lopes Preto, “ duque”, x.v., de 30 anos, barbeiro, natural de Viseu e morador no Fundão, filho de Domingos Brás, lavrador e de Maria Lopes, casado com Maria da Costa, tendo casado 2ª vez com Quitéria Pereira sendo viva a 1ª mulher, acusado de bigamia, de 18/1/1682 a  4/9/1683.
PT-TT-TSO/IC/25/1645.

381      Ana Nunes ou Ana Nunes Medalha, x. n., de 42 anos, viúva de Francisco de Carvalho Chaves, rendeiro, natural e moradora no Fundão, filha de Francisco Lopes ou Francisco Lopes Preto, x.n., mercador e de Brites Nunes, x.n., neta paterna de Domingos Rodrigues e de Maria Lopes, apresentação em 1/8/1683, sentença de 6/8/1683, auto da mesa de 8 / 8 / 1683. Tinha sido apresentada ao Comissário do Stº. Ofº da Guarda em 28/1/1674. Foi novamente presa em 24/9/1706 pelo mesmo crime, já com 67 anos. Auto de Fé de 6/11/1707, cárcere e degredo por 3 anos para o Brasil. ( Tem novo processo referido sob o nº 511 desta lista. O pai e o irmão são os referidos sob os nºs 198 e 386 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/1707 e 1707 - 1

382      Mécia de Chaves, x. n., de 30 anos, mulher de Francisco Lopes Preto, rendeiro, natural e moradora no Fundão, filha de Francisco de Carvalho Chaves, x.n. e de Leonor Mendes, x.n., (1ªs núpcias dele, as 2ªs foi com Ana Nunes Medalha), de 28/1/1674 a 28/8/1683, (A filha é a referida sob o nº 455 desta lista), auto da mesa de 8 / 8 / 1683.
Nota:- A cópia do processo do marido Francisco Lopes Preto, que foi preso em Ciudad Rodrigo em Janeiro de 1674, instaurado pela Inquisição de Lerena, Granada, Espanha, está no processo de Isabel Henriques, Processo digitalizado PT/TT/TSO/IL/28/7679, de fls 34 a 63. Este teve novo processo em Lisboa, nº 3361.
PT-TT-TSO/IL/28/6263

383      Brites Henriques, x. n., de 34 anos, mulher de Diogo Lopes Ferreira, tabelião, moradora no Fundão, natural de Monsanto, filha de Manuel Rodrigues, natural de Monsanto e de Branca Rodrigues, natural do Fundão, auto da mesa de 4 / 9 / 1683. (O marido e a filha são os referidos sob os nºs 358 e 924 desta lista).
PT-TT-TSO/IL/28/11265.                 

384      Padre Manuel Vaz Pestana, natural e morador no Fundão, por solicitante de mulheres no acto de confissão, de 41 anos, apresentado, que se abstenha de confessar mulheres – auto da mesa de 29 / 11 / 1684
PT-TT-TSO/IL/28/8407  ?    ( in Luís Amaral, pags 160 e 359 - “ Indices dos Processos do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição de Lisboa “, Guarda Mor, Edição de Publicações Multimédia, Lda”. Lisboa 2009.

385      Fernão Lopes Valente, x. n., de 45 anos, mercador, natural do Fundão e morador na Baía de Todos os Santos, Brasil, filho de Diogo Lopes, mercador e de Maria Rodrigues, viúvo de Isabel Rodrigues, ½ x.n., de 21/10/1684 a 26/11/1684, 5 anos para Angola – Auto público de 26 / 9 1684.
PT-TT-TSO/IL/28/8457.                   

386      Simão Lopes Bulha ou Simão Lopes, “ o Bulha “ ou Simão Lopes Preto•, x. n., de 32 anos, mercador de loja, natural do Fundão e morador em Lisboa na rua Nova, filho de Francisco Lopes Preto ou Francisco Lopes e de Brites Nunes, x.x.n.n., neto paterno de Domingos Rodrigues e de Maria Lopes, casado com Maria Franca, convicto, negativo e pertinaz, defunto no cárcere em 22/10/1681, de 19/12/1670 a 14/7/1686, e relaxado em estátua. ( O pai e a irmã são os referidos sob os nºs 198 e 381 desta lista). Auto público de 14 / 7 / 1686.
PT-TT-TSO/IL/28/5452.                   

387      Maria Ramos, ½ x. n., de 47 anos, viúva de Cristóvão de Oliveira, lavrador,  natural de Nisa, moradora na Covilhã, auto de 31/8/1689, Inquisição de Coimbra, por judaísmo, defunta no cárcere e absoluta de instância

388      Frei Manuel d’ Anunciação, de 25 anos, solteiro, professo da Ordem de S. Francisco, natural do Teixoso, morador no Convento de Santo António de Ferreirim, assistente no de S. Francisco de Lisboa, filho de Gaspar de Proença, que vivia de sua fazenda e de Maria de Proença, de 31/1/1689 a 30/7/1690, por dizer missa e ouvir confissão tendo só ordens de Epístola e Evangelho. Abjuração de leve. Privado de voz activa e passiva para sempre, suspenso do exercício das ordens que tem, inabilitado para tomar outras, degredado para o Convento de Recoleição do lugar da Figueira, onde estará recluso por 7 anos, o primeiro dos quais estará no cárcere no dito convento com as penitências que se costumam dar “ pro gravioribus “.
PT-TT-TSO/IL/28/3645        

389      Isabel Jorge, de 40 anos, natural e moradora em Aldeia Nova do Cabo, termo da Covilhã, bispado da Guarda, filha de António Lopes, almocreve e de Isabel Jorge, naturais e moradores na Aldeia Nova do Cabo, casada com António Francisco, trabalhador e 2ª vez com Clemente Lopes, em Santiago, reino de Castela, de 16/9/1676 a 27/6/1690, presa por culpas de bigamia.
PT-TT-TSO/IL/28/10345                  

390     Ana Rodrigues, x.n., de 35 anos, natural do Sabugal e moradora na Covilhã, filha de João Rodrigues, natural do Sabugal e de Maria del Canho, natural de Ciudad Rodrigo, Castela, neta paterna de Manuel Rodrigues “o Redondo” e de Branca Rodrigues, casada com Simão Lopes, (O marido é o referido sob o nº 393 desta lista), de 8/4/1675 a 23/6/1691.
PT-TT-TSO/IL/28/10129

Fonte – Os dados em itálico foram retirados do “site” do ANTT – Arquivo Nacional da Torre do Tombo relativo aos processos do Tribunal da Inquisição.
Na cota dos processos, as indicações IL/28, IC/25 e IE/21 referem-se aos tribunais, respectivamente, de Lisboa, Coimbra e Évora.

Nota dos Editores - 1) Os dados apresentados neste parente do poeta  Fernando Pessoa, tal como nos outros familiares referidos sob os nºs 318, 319 e 335 desta lista, foram também retirados do texto intitulado “Fernando Pessoa – Poeta e Pensador tem origem em Alfaiates”, de José António Vaz; e do portal “Geneall.pt”, base de dados, sobre o Estudo da Árvore Genealógica do mesmo escritor.